Com a crise política atual os debates muitas vezes são quentes em relação aos ideais políticos, assim sendo, o objetivo deste post não é fazer uma análise política, mas sim observar os pontos importantes colocados em evidência e aplica-los ao nosso dia-a-dia.
O que a política atual nos ensina? Vamos buscar observar condutas, comportamentos e outras informações para entender de que forma podemos usar estes critérios dentro do mundo corporativo.
O grupo permanece unido
Política: O grupo permanece unido. Você pode observar que mesmo alguém sendo acusado de algo ou tendo feito algo errado como corrupção, desvio, mentiras, o grupo continua acompanhando e defendendo aquele político.
Mundo corporativo: Entenda que sua equipe de trabalho da qual você faz parte precisa trabalhar em sintonia para obter melhores resultados e aumentar a performance como um todo. O que se percebe, normalmente, não é isso. A competitividade corporativa faz com que cada indivíduo queira apenas cuidar de si e suas funções e não querem ajudar de forma alguma. Talvez seja o momento de repensar.
Responsabilidade
Política: Você foi declarado culpado e jura que não é inocente e não sabe de nada.
Mundo corporativo: Quando você comete um erro, você precisa assumir a responsabilidade e as consequências da sua ação, nem sempre agradáveis, diga-se de passagem. Ao mesmo tempo em que você corre o risco de ser chamada a atenção, você pode ser demitido também. Até que ponto vale o sucesso a qualquer preço?
Conduta
Política: Vários desvios de conduta quando ninguém está vendo o que você faz.
Mundo corporativo: Coloque a mão na sua consciência e responda de verdade: O quanto você entrega de resultados e atividades sem que seu orientador, supervisor, gerente esteja olhando você trabalhar ou esteja na empresa? Você realmente busca se dedicar ao máximo no que faz ou você “mata tempo” quando pode?
Interesse próprio
Política: Políticos agem em interesse próprio.
Mundo corporativo: As pessoas normalmente agem em interesse próprio também. Desde o momento de conseguir colocar o seu nome no projeto do grupo, de levar créditos por algo que tenha sido realizado, por valorizar uma conquista maior em seu nome ao invés da equipe, de obter benefícios por ter ajudado alguém anteriormente e a lista segue sem fim. O que você pode fazer para se beneficiar, mas acima de tudo, beneficiar o meio no qual está inserido? De que forma você pode contribuir para o desenvolvimento da equipe, da empresa, do setor e o seu ao mesmo tempo? Quais são as alternativas que lhe vem em mente?
Aliados
Política: Valorize os aliados e partidos da base.
Mundo corporativo: Como você lida e conversa com seus cliente e fornecedores? Muitas vezes temos a tendência de não conversar corretamente com fornecedores, sejam eles entregadores de água, mercadorias diversas, materiais de expediente, matéria-prima, motoristas etc. Entenda que cada pessoa é um ponto de contato e ele será uma referência para outras pessoas ao falar da sua empresa. Ainda, de que forma você trata o seu fornecedor interno, ou seja, como você lida com sua equipe e com as empresas na sua empresa, desde o zelador até o diretor?
Concorrência
Política: O que os outros partidos falam de você e como atacam seu cargo.
Mundo corporativo: O quanto você conhece seus concorrentes, seus produtos e diferenciais? O quanto você sabe esta mesma informação para sua empresa? Qual a missão, visão, valores? Ou isso é apenas um enfeite na parede e a empresa não “respira” o que diz ser? Pense bem de qual forma seus valores estão alinhados com os valores da empresa e de que forma isso realmente é colocado em prática…
O que você fizer pode ser usado ao seu favor (ou não)
Política: Saiba que sempre haverá algum registro do que você disse ou fez
Mundo corporativo: A partir do momento que você optou por estar dentro de um ambiente corporativo saiba que tudo o que você fizer pode ser usado ao seu favor ou não. A sua postura, a forma com a qual trabalha em equipe, como lida com a pressão, como você se desenvolve e busca novos conhecimentos são registros da sua personalidade impressos no ambiente corporativo. Isso também faz parte do seu histórico profissional e pode ser muito valorizado a partir do momento em que você decide seguir carreira dentro da empresa. O faz de conta que acontece não servirá para nada!
Comunicação
Política: Saiba se comunicar com seu eleitorado
Mundo corporativo: A comunicação é um dos principais fatores de ruídos no ambiente corporativa. Atividades mal delegadas, a falta de informações claras sobre funções, atividades, expectativas geram frustrações por trabalhos mal executados e pela falta de como proceder para entregar o que está sendo esperado. Saber delegar atividades e funções de maneira assertiva ajuda a corrigir este ruído e melhorar a performance geral.
Boatos
Política: A arte de colocar palavras na boca dos adversários
Mundo corporativo: O fato de você falar de alguém ou comentar que alguém disse sem de fato ter acontecido é um fator que pode gerar muitas divergências e intrigas no mundo corporativo além de piorar o clima no ambiente organizacional. Nunca entenda uma história com apenas um ponto de vista. Busque entender todos os envolvidos e crie o pensamento com base na visão das partes interessadas. Boatos não ajudam em nada o desenvolvimento da empresa como um todo!
Credibilidade
Política: A credibilidade está próxima de zero
Mundo corporativo: Entenda que quando você assume um papel, função ou qualquer coisa onde se tornou o responsável por executar a tarefa, você precisa fazer de tudo para entregar o que prometeu. Eventuais falhas e deslizes são aceitáveis, mas quando o eventual vira uma constante, você perde totalmente a credibilidade e ninguém irá mais confiar naquilo que você disse. Então entenda: Prometeu, CUMPRA!
A lista poderia ser longa ainda, mas o objetivo é levar a uma reflexão de que a política é um reflexo do jogo de interesses de mercado. Nada mais é do que uma estrutura administrativa com problemas.
Se você não quer que sua empresa vire uma peça problemática, busque aperfeiçoar as dinâmicas internas, desenvolver suas equipes e interagir com todos.
Um forte abraço!
Ricardo
Muito realista o artigo e pertinente ao momento! Traz também necessárias reflexões! Parabéns!